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Como pode ficar o financiamento da casa própria com os novos juros da Caixa

Novas taxas valem a pena para qualquer valor de imóvel, mas diferença maior será sentida nos financiamentos mais altos

A partir de segunda-feira (10), a Caixa Econômica Federal irá praticar juros mais baixos para os financiamentos da casa própria. Referência no setor, o corte nas taxas deve fazer muitas famílias voltarem às planilhas de gastos para ver se um imóvel próprio pode entrar nos planos.

Mas o cenário de incerteza na economia no início de 2019 deve frear o aquecimento desse setor, ou pelo menos reduzir o impacto que a ação da Caixa teria se a economia estivesse em crescimento. Especialistas no mercado imobiliário percebem que a medida do banco deve ser melhor aproveitada por aqueles que já estavam bem encaminhados no projeto de financiamento. — O que faz a diferença no mercado imobiliário é a economia de modo geral. Para entrar em um longo financiamento, as pessoas precisam estar empregadas e confiantes.

Não basta só juros baixos. Por si só, a redução não levará pessoas aos bancos.

Mas para quem já estava preparado, com uma reserva pronta, pode ser o empurrão que faltava — avalia o especialista em mercado imobiliário Marcelo Prata, fundador da Resale, plataforma digital para venda de imóveis. Há vantagem para qualquer valor de financiamento.

A partir de segunda, a taxa mínima para imóveis residenciais será de 8,5% ao ano, e a máxima será de 9,75% ao ano. Uma das novidades é que esses juros serão os mesmos para imóveis no Sistema Financeiro de Habitação (SFH) — até R$ 1,5 milhão e com uso do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) — e no Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), acima desse valor e sem uso do Fundo.Como os juros no SFI costumavam ser maiores, a vantagem será maior para imóveis acima de R$ 1,5 milhão.

De acordo com cálculo do coordenador do MBA em Finanças do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec), Filipe Pires, para um imóvel de R$ 2 milhões, a economia com as novas taxas chega a R$ 421 mil. — Mas isso não quer dizer que a redução vale mais a pena, ou é mais indicada, para imóveis nessa ou naquela faixa.

O benefício da medida se estende para todos, em maior ou menor escala, conforme o valor do imóvel — analisa Pires.Uma outra simulação, feita pelo educador financeiro Adriano Severo, revela uma economia de R$ 4 mil para um finamento de R$ 100 mil na Caixa pelo Sistema de Amortização Constante (SAC), no qual as parcelas têm valores decrescentes.

Fonte: GAUCHAZH Economia

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